Costureiros do blog

quinta-feira, 14 de março de 2013

Viajar na maionese? Não, na gramática... e não será chato.

                        M antes de P e B, nenhuma palavra se começa com ç , ponto final na outra linha travessão... que beleza não? Os primeiros anos escolares faz tudo se parecer lindo e até fácil quando analisados hoje, porém, como aluno que nada se destacava sempre fui um pesadelo para os professores de Português, bastava eles começarem a falar "Passem a frase para o tempo..."  que pronto! Meu tempo de desespero começava, se fosse prova final certo seria a minha péssima nota, então para resumir algo que vocês irão notar no decorrer deste blog : GRAMÁTICA NUNCA FOI MEU FORTE ! Aposto que também não é o de muita gente, coisa que é até normal levando em conta a nossa língua altamente influenciada por outras e cheia de regras e exceções. Abordando essa assunto que falarei sobre um livro - que por até onde percebi é quase desconhecido - de um dos grandes destaques de nossa literatura e cultura, certeza que pelo menos um dedinho ele tem na sua infância, o grande:

                   MONTEIRO LOBATO e sua obra : EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA

                     " Aaaai! que vlog escrito em blog chato, só vai falar de clássicos e puxar saco deles. " NÃO !  apesar dele merecer aplausos depois do que li  não será bem assim que as coisas irão funcionar por aqui. Bem... tudo começou  quando precisei estudar para um Concurso Público e simplesmente não lembrava  praticamente nada de gramática, sabendo que não tenho paciência pra estudar de forma convencional  (sentando e lendo as 400 regras e exceções ( só de falar isso já me deu um desespero)) surgiu um momento de iluminação e lembrei do comentário de uma professora e foi nesse instante que lembrei do livro. Fui na biblioteca e por sorte tinham. Justamente por ser uma obra de Monteiro Lobato, escrita em 1934 e se tratar de um empréstimo, logo imaginei aquele livro todo amarelado e com pó suficiente para atacar minha renite. Engano meu, pois existe uma nova edição publicada pela Editora Globo, ilustrada, colorida, cheia de coisinhas lindas e com escritas nas margens do texto que explica as mudanças que na época de Monteiro não tinha e hoje há. Lógico que foi esta que peguei, porque eu adoro ilustrações e coisinhas lindas -Isso é fato não negado pela humanidade.
                      Comecei a ler o livro naquela desconfiança básica justamente por ser escrito a tanto tempo e por tratar de um assunto que não sou nada fã e foi nessa hora que a mágica se fez... SURPRESA! SURPRESA DAS GRANDES! nada de regras, nada de chatice e no lugar disso tudo, um mundo totalmente novo que é apresentado em uma viagem ao lombo de um rinoceronte que comeu um livro de gramática.
                     Neste mundo criado por Lobato substantivos andam pela rua segurando balões de adjetivos... cidades inteiras formadas pela gramática, passeatas de militares e generais ensinam durante suas apresentações a conjugar os verbos, o verbo mais antigo vestido de rei com seus diversos filhos também segue junto com a viagem e a Senhora Etimologia é simplesmente adorável. Tudo é visto com outros olhos e no fim, por meio de um provinha -aplicada contra os famosos personagem do sítio que espontaneamente você também faz-  percebe-se que o objetivo de aprender gramatica foi atingido com louvor e é neste ponto onde se começa a minha admiração pelo talento criacionista de Monteiro.
                     Monteiro Lobato soube como comandar uma história, ele transformou um assunto massante em algo que simplesmente flui, criou um mundo, uma cidade para a aprendizagem, qual você somente  "passeando pelas ruas" aprende. Eu tenho um problema de aceitar algumas personalidades de personagens, tenho mania de mudança e nesse livro não foi diferente, não gosto da Emília, não vou com a cara de Pedrinho muito menos com a de Narizinho, porem depois desse livro amo o Visconde que durante a história resolver ser " vida loka"  e furtou um ditongo. Desejo para mim uma cozinheira igual Tia Nastácia que parece ter uma mão divina pra cozinhar e também gostaria de indicar esse livro pra quem não gosta de Gramática, pois é um método alternativo de estudo que funciona e eu sei disso porque fui bem nas questões de Português e Gramática, agora matemática... digamos que é melhor eu ler " Aritmética da Emília " antes do próximo concurso.
                  É isso ai pessoal cliquem em se inscrever ali em cima ( Brincadeira),  porem se vocês  gostaram comente -já que não tem como dar joina - ou façam melhor,  compartilhe com pelo menos um ( ou mais ) amiguinho leitor que ainda não conhece o Livro Costurado, juro que não fico nada chateado se fizer isso.
Abraços e até a próxima postagem :]

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